quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É preciso um trabalho de reeducação para mudar essa realidade de exclusão social

A desigualdade social é uma realidade no Brasil, devido à má distribuição de renda onde o rico fica cada dia mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Por esses acontecimentos existem jovens ofendidos hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro, educação e alimentação.

O crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida é um dos reflexos da desigualdade social, muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.

Além de ser um país desigual, o Brasil é racista, vivemos num racismo camuflado que a maioria das pessoas fazem questão de não enxergar. Os alvos atingidos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, nordestinos, índios, pessoas obesas, e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação e não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito.

O filme Nossas Línguas, relata como os índios foram descriminados e reprimidos pelas missões religiosas, desta forma muitos perderam sua identidade, sua língua sendo obrigados a falar o português porque era considerado uma língua bonita. É muito interessante o depoimento de alguns indígenas que ainda buscam resgatar seus valores, no Alto do Rio Negro no Amazonas o objetivo deles é serem respeitados pela maneira diferente de viver.

Observando o nosso dia a dia presenciamos de maneira explicita o preconceito, na mídia, por exemplo, fica claro a discriminação aos negros nas novelas e filmes onde sempre tem papeis de empregadas domésticas ou marginais, para se ter uma boa educação é preciso ter cotas ou seja números limitados de vagas para ingressar em uma faculdade.

No texto Cultura e poder, o autor Pedro Ghóez, reforça esse preconceito quando ele relata “Daí deixa que o cinema entope de maluco que nunca foi na perifa, gente que abomina a gente que mora na perifa, os papeis principais estão nos faróis, e seu controle remoto aciona o vidro que sobe e te isola do senhor dos anéis, relógios, dinheiro, rápido de mãos pro alto! Ou eu estouro a sua cara”.

A sociedade precisa mudar este cenário decadente, é preciso refletir, a esse pensamento de que todo negro que mora na favela é ladrão, lá existem pessoas trabalhadoras que vivem em busca de um futuro melhor, devemos acabar com o pensamento de que todo nordestino é incapaz. É necessário saber que qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, por sua cor de pele, religião, opção sexual pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu esse crime.

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